25 de janeiro de 2012, colação de grau dos cursos de Ciência Biológicas, Engenharia Elétrica e Engenharia Mecânica da Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira (FEIS) , UNESP.
Discurso do Orador
Primeiramente
gostaria de saudar o Professor Dr. Marco
Eustáquio de Sá, diretor da Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira,
demais autoridades já anunciadas pelo cerimonial, membros da congregação, caros
colegas, senhores pais, senhoras e senhores. Bom dia.
Gostaria
de agradecer também a oportunidade de representar todos os formandos através de
algumas palavras, tentando expressar aqui, toda nossa a jornada.
Por
mais diferente que tenha sido o caminho que aqui percorremos, tivemos muito em
comum. Compartilhamos das muitas dúvidas, críticas e receios. Experimentamos a sensação
de independência, sentimos o peso da distância e a falta de nossos familiares.
Antes mesmo de vivenciarmos tudo isso, cruzamos o ponto de partida.
Não
tem como esquecê-lo! Aquele suor frio, a
sala com fiscais a postos e cheia de carteiras etiquetadas. Era a marca e o exército
do então vilão Vestibular. Tudo o que queríamos era consagração dos nossos
esforços, das horas dedicadas ao estudo e das que passamos estudando as opções
de cursos, cidades e universidades.
Buscávamos
qualidade, competências e um lugar que nos acolheria para o início de mais uma
jogada de nossas vidas. Esse lugar teve
nome: Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, nossa FEIS, nosso forte. Parece
até que foi ontem que chamei Ilha Solteira de casa pela primeira vez.
Tinha
uma faixa nos esperando no ato da matrícula. ‘Parabéns! Você ingressou numa das melhores universidades do país’.
Assinávamos ali um contrato com o futuro, com a responsabilidade de nos tornar
excelentes profissionais, honrar o time e fazer dos anos consequentes, os
melhores.
Após
passada a euforia, a realidade nos convidou a caminhar com ela e contemplar a
complexidade e a extensão de nossa jornada. A sensação de ter o nosso próprio
caminho nunca foi tão evidente.
Para
mim, foi me mostrado um trilho de um caminho longo e bastante íngreme. Uma
pequena placa dizia antes de embarcar no vagão: ‘Trilhe o caminho com
consciência, respeito e sabedoria e atingirá o sucesso’. Confesso que
um amigo uma vez me disse que para ele, a realidade foi mais ousada.
Mostrou-lhe numa concentração de um estádio, diante dos degraus para o campo.
Na parede estava escrito: ‘Aqueça, treine, aprenda, então saia para o
jogo’.
Foi
o que fizemos. Por esses anos, dançamos conforme a música, e quando foi
preciso, repetimos exaustivamente até que a coreografia nos fosse de cor.
Pulamos a faixa, escolhemos os ritmos e tentamos de novo quando a coordenação
motora se fazia de desentendida no fim do semestre.
Nesse
período, encontramos grandes companheiros, bons técnicos e exímios maquinistas,
que estavam ali, junto com a gente, compartilhando experiências. Um vasto
grupo, que ao longo tempo e sob o calor escaldante de Ilha Solteira, esteve ao
nosso lado nos desenvolvendo. Somos eternamente gratos às experiências que nos
foram proporcionadas.
E
adianta aquecer, treinar se não tiver com quem jogar? De fato, a incerteza de
sair para o jogo também precisava ser compartilhada. Alguns os chamam de
amigos, outros de colegas, camaradas, compadre e comadre, mas a essência é
outra. É de família! Saíram de irmãos e irmãs a papel da família toda. Foram
mãe coruja quando preciso, o pai que acorda o filho que se esqueceu do
despertador, o primo que lhe pede conselho e aquela avó que dá o braço a
torcer, por que não?
Estiveram
ao nosso lado o tempo todo, principalmente quando vocês, pais, nos ligavam,
perguntando como, onde e com quem nos estávamos. Tem companhia melhor? Estão
agora, atrás de mim, ao meu lado, ou na minha frente me tampando com chapéu da
beca. Eles me ajudaram a crescer e me deram forças quando vocês estavam
ausentes, e que também somos extremamente gratos.
Parece
que recentemente a ficha da vida voltou a cair para muitos de nós. Pela
primeira vez, não nos foi necessário à preocupação com a rematrícula, pois não
houve, para a sorte dos coordenadores de curso. A tão poucos dias dessa
cerimônia, foi mais um fato para anunciar que chegamos ao topo, ao nosso
objetivo lá de trás.
Que
o término dessa cerimônia não seja visto como o fim, mas pelo seu avesso. Essa
cerimônia é o começo! Agora é a vez de jogar, de descer a montanha. É a vez de
ampliar horizontes e levar consigo o melhor, a velha e boa força da
transformação. Nós conseguimos!
Esses são os votos para todo esse time de
vencedores, meus colegas e formandos de 2012. Novos rumos, novas conquistas e
felicidade!
Essa é a nossa hora! Parabéns
a todos!
Obrigado.
Renan Favarão
Deito!
ResponderExcluir:) gostei!
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