sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Oração


25 de janeiro de 2012, colação de grau dos cursos de Ciência Biológicas, Engenharia  Elétrica   e Engenharia Mecânica da Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira (FEIS) , UNESP.

Discurso do Orador

Primeiramente gostaria de saudar o Professor Dr. Marco Eustáquio de Sá, diretor da Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, demais autoridades já anunciadas pelo cerimonial, membros da congregação, caros colegas, senhores pais, senhoras e senhores. Bom dia.

Gostaria de agradecer também a oportunidade de representar todos os formandos através de algumas palavras, tentando expressar aqui, toda nossa a jornada.

Por mais diferente que tenha sido o caminho que aqui percorremos, tivemos muito em comum. Compartilhamos das muitas dúvidas, críticas e receios. Experimentamos a sensação de independência, sentimos o peso da distância e a falta de nossos familiares. Antes mesmo de vivenciarmos tudo isso, cruzamos o ponto de partida.

Não tem como esquecê-lo!  Aquele suor frio, a sala com fiscais a postos e cheia de carteiras etiquetadas. Era a marca e o exército do então vilão Vestibular. Tudo o que queríamos era consagração dos nossos esforços, das horas dedicadas ao estudo e das que passamos estudando as opções de cursos, cidades e universidades.

Buscávamos qualidade, competências e um lugar que nos acolheria para o início de mais uma jogada de nossas vidas.  Esse lugar teve nome: Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, nossa FEIS, nosso forte. Parece até que foi ontem que chamei Ilha Solteira de casa pela primeira vez.

Tinha uma faixa nos esperando no ato da matrícula. ‘Parabéns! Você ingressou numa das melhores universidades do país’. Assinávamos ali um contrato com o futuro, com a responsabilidade de nos tornar excelentes profissionais, honrar o time e fazer dos anos consequentes, os melhores.

Após passada a euforia, a realidade nos convidou a caminhar com ela e contemplar a complexidade e a extensão de nossa jornada. A sensação de ter o nosso próprio caminho nunca foi tão evidente.

Para mim, foi me mostrado um trilho de um caminho longo e bastante íngreme. Uma pequena placa dizia antes de embarcar no vagão: ‘Trilhe o caminho com consciência, respeito e sabedoria e atingirá o sucesso’. Confesso que um amigo uma vez me disse que para ele, a realidade foi mais ousada. Mostrou-lhe numa concentração de um estádio, diante dos degraus para o campo. Na parede estava escrito: Aqueça, treine, aprenda, então saia para o jogo’.

Foi o que fizemos. Por esses anos, dançamos conforme a música, e quando foi preciso, repetimos exaustivamente até que a coreografia nos fosse de cor. Pulamos a faixa, escolhemos os ritmos e tentamos de novo quando a coordenação motora se fazia de desentendida no fim do semestre.

Nesse período, encontramos grandes companheiros, bons técnicos e exímios maquinistas, que estavam ali, junto com a gente, compartilhando experiências. Um vasto grupo, que ao longo tempo e sob o calor escaldante de Ilha Solteira, esteve ao nosso lado nos desenvolvendo. Somos eternamente gratos às experiências que nos foram proporcionadas.

E adianta aquecer, treinar se não tiver com quem jogar? De fato, a incerteza de sair para o jogo também precisava ser compartilhada. Alguns os chamam de amigos, outros de colegas, camaradas, compadre e comadre, mas a essência é outra. É de família! Saíram de irmãos e irmãs a papel da família toda. Foram mãe coruja quando preciso, o pai que acorda o filho que se esqueceu do despertador, o primo que lhe pede conselho e aquela avó que dá o braço a torcer, por que não?

Estiveram ao nosso lado o tempo todo, principalmente quando vocês, pais, nos ligavam, perguntando como, onde e com quem nos estávamos. Tem companhia melhor? Estão agora, atrás de mim, ao meu lado, ou na minha frente me tampando com chapéu da beca. Eles me ajudaram a crescer e me deram forças quando vocês estavam ausentes, e que também somos extremamente gratos.

Parece que recentemente a ficha da vida voltou a cair para muitos de nós. Pela primeira vez, não nos foi necessário à preocupação com a rematrícula, pois não houve, para a sorte dos coordenadores de curso. A tão poucos dias dessa cerimônia, foi mais um fato para anunciar que chegamos ao topo, ao nosso objetivo lá de trás.

Que o término dessa cerimônia não seja visto como o fim, mas pelo seu avesso. Essa cerimônia é o começo! Agora é a vez de jogar, de descer a montanha. É a vez de ampliar horizontes e levar consigo o melhor, a velha e boa força da transformação. Nós conseguimos!

 Esses são os votos para todo esse time de vencedores, meus colegas e formandos de 2012. Novos rumos, novas conquistas e felicidade!

Essa é a nossa hora!  Parabéns a todos!
           Obrigado.

Renan Favarão

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