quinta-feira, 26 de abril de 2012

O Estado canino

Todos os poucos leitores desse blog devem ter percebido que a coluna que mais gosto de debater é Vida 2.0 mesmo não sendo nenhum especialista ou algo do gênero. Já o resto, é Resto. Porém, 'Relacionamentos' é outro tópico que gosto e de fácil identificação pelos leitores, sendo a nova meta para esse blog: Uma nova coluna. Por enquanto, ensaio como me sairei nesse rascunho, que também fará parte do resto, das Filosofia de Bar.

Já diziam que relacionar é um verbo complicado! Principalmente se envolver pessoas. A capacidade de pensar é o que fazem as pessoas serem tão interessante quanto são, se bem que, ultimamente, muito já vem processado, e o que era para torná-las interessantes, não é muito utilizado. A beleza do homem mora no pensar. É tão bela que chega a nos irritar.O que será que passa naquela cabeça? Aliás, o que se passa na minha cabeça?! É bem por aí! 

Também é evidente que as complicações e as maravilhas que serão apresentadas e discutidas dependem do tipo de relacionamento de que estamos falando. É relação família? É amizade, amorosa ou platônica? Ou é relacionamento hierárquico? Talvez a única certeza é que existam em todas essas formas de relação.

Nessa postagem de estréia, gostaria de comentar sobre um comportamento muito comum: o estado canino. Gosto de me referir ao cachorro para esse estado pois é bastante caricato e vem sempre ao caso: O cão sempre volta! Esse estado é comumente encontrado em começos de relacionamentos ou em relacionamentos que, devido a uma das partes, não será estruturado tão fácil. Logo, teremos o cão e o outro, uma vez que relacionar entende-se por envolver no mínimo você e mais alguém. 

Por hora, focaremos apenas no estado canino, ou seja, o relacionamento pela visão do cachorro. Acontece que ninguém escolhe estar nesse estado, visto que não é muito agradável. Ele pode surgir quando os objetivos dos envolvidos não são compatíveis, e em se tratando de relacionamento, não é nada complicado se deparar com situações assim. Exemplificarei de forma bem sacana pra não ficar somente na teoria:

 "Quem é que não tem aquele conhecido, aquele amigo(a), que constantemente reclama que fulano(a) não quer saber de nada. Não importa quantas vezes seus conselhos foram dados, a carne é fraca, e sempre se contradiz no que havia mil vezes lhe prometido quanto ao futuro daquele relacionamento". Muito bem exemplificado pelo caso, agora estamos falando a mesma língua. Como eu disse foi um exemplo bem sacana. Peguei no ramo mais comum do nosso cotidiano, todavia se enquadram todos os  outros tipos de relações, com suas implicações específicas. 

segunda-feira, 23 de abril de 2012

As sete esferas

Hoje, teremos Nerdices. Muito mais que isso, essa será especial, pois também é a estréia da coluna de contribuição para o blog. O post de hoje não passou por minhas mãos. Ele foi escrito por um amigo que atende por Gluglu* (@fernando_gauglu). Ao lê-lo, perceberão que o domínio do assunto é evidente, sendo um texto de qualidade para essa simplória coluna.

"Boa Noite a quem quer que esteja lendo isso! Se você está procurando algum material de alto nível, ou possivelmente alguma coisa com leitura envolvente. Bom, pode esquecer. A última vez que escrevi qualquer tipo de texto de autoria própria foi numa redação de vestibular há mais de 3 anos (vergonhosamente)... mas é a vida, fazer o quê.

Ainda que a minha situação não seja das melhores para o ramo de blogs, ainda sim fui convidado a fazer uma análise do anime Dragon Ball Z, o qual provavelmente muitos de vocês já nó mínimo tenham ouvido falar, e muito provavelmente acrescentará alguma coisa nos nossos vastos conhecimentos nerds (minha seção favorita desse blog! (Hahaahah).

Vamos então começar. Dragon Ball Z é um mangá escrito pelo “herói” Akira Toryiama, a pessoa que conseguiu contagiar o mundo inteiro com a franquia, através de versões redubladas de animes, games eletrônicos, indústria de brinquedos, e daí pra qualquer outra coisa que algum brainstorming dos financiadores da série pudessem imaginar! Não há dúvidas que Dragon Ball Z gerou, gera e ainda continuará gerando lucros indefinidamente.

A história trata-se de uma continuação do “Dragon Ball” clássico, que narra a história da infância de Goku, o protagonista da série, na época uma criança absurdamente forte para seu tamanho e idade, que morava sozinho em uma montanha na casa do seu falecido avô com menos de 14 anos de idade. Bizarro? Ah! Esqueci de mencionar que o garoto tinha um rabo de macaco (isso mesmo! xD) e guardava um tesouro muito procurado no planeta, e por inocência Goku jamais desconfiaria disso. Trata-se de uma esfera do dragão (nome do desenho? Haha), existem 7 espalhadas ao redor do mundo, e a reunião de todas elas fariam com que o dragão Shen Long aparecesse e realizasse qualquer desejo.

Nesse episódio Goku é um aprendiz de artes marciais, e conhece amigos dos mais variados como Bulma (logo no primeiro episódio, que conta sobre as esferas e ensina muitas coisas a Goku), Yamcha (ladrão de deserto, mas boa pessoa, ajuda Goku várias vezes), Kuririn (rival de Goku, treina para ser mais forte que ele nessa fase), Mestre Kame (mestre de artes marciais de Goku e Kuririn, tarado, responsável por ensiná-los dentre várias coisas, o movimento que seria um ícone de toda uma nação nerd: KAA... MEEE... HAA... MEE... HAAAAAA!!!), dentre muitos outros. Dentre os inimigos, Goku enfrenta o exército das forças Red Ribbon e o perverso Piccolo, que tenta dominar o mundo, mas posteriormente surge como um forte aliado de Goku, já na saga Z.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Mão única

Chega de estado alfa! Hoje é coluna Vida 2.0.

Com tantas coisas já falada e ainda tem mais? Sempre! Essa coluna sempre existirá enquanto estivermos conectados. Diria 'vivendo', mas não englobaria os não conectados, que ainda estão assistindo o que se passa aqui. Viver conectado às vezes é um problema. Estamos em um mundo onde a legislação não é muito clara, quem dirá a etiqueta comportamental. Isso está a anos-luz de nossas redes sociais.

Aliás, quantas formas de conectabilidade. É no bolso, na mochila, no Video-Game e na Tv. Não é de se esperar que todos tenham um mesmo ideal de conduta correta para desfrutar de tal conectabilidade. E as pessoas não compreendem isso. Digo 'pessoas' pra não apontar. Pra não dizer que sou eu ou você. Não entendemos, assim como não compreendemos o aleatório. 

Menos! O aleatório está muito enigmático do que uma simples questão de comportamento. Ok, talvez não tão simples, mas ainda uma questão de comportamento. Não entrarei na temática dos tópicos postados em Timeline que isso é polêmica internacional quando se trata do Brasil. Aliás, o Timeline é sim uma boa idéia pra próxima pauta aqui na 2.0.

Existem várias atitudes que são bastante desagradáveis na rede. Como hoje em dia rede é sinônimo de vida logo, são desagradáveis na vida também. Poderia listar n razões, mas irei optar por apresentar meu ponto de vista das situações que tenho deparado. Talvez uma a uma, daí rende mais posts, ficando assim melhor explicado e compassado.


De longe, a que eu me deparo com maior frequência é o relacionamento de mão única. É aquela coisa, só vai. Claro que depende da referência, pode ser também de 'só vem', contudo é completamente diferente. O desagradável é ser emissor sem receptor. 
A mensagem é clara, mas a coisa não volta!

Enquadramos n+1 motivos para o não retorno momentâneo, todos compreensíveis porém é a tendência que é o problema! Já dizia os filósofos de bar, que a história se repete. Neste contexto, quando se repete nasce o desagradável. Temos que criar novas técnicas para evitar esse tipo de trânsito. Questionamentos prévios para checar a vitalidade dos contatos é uma boa solução. 'Fulano?'. 

Caso a tendência seja somada com contato sem pulso, podemos afirmar: esse estado de morto-vivo também é um status de insensibilidade. Quer mais? Leia: O descomprometimento Digital

terça-feira, 17 de abril de 2012

O hexaedro

Mentalize um cubo de vidro. Grande e vistoso. Por cada face temos um portinhola redonda e pequena. Do lado de fora, é possível observar um movimentação lenta, uma sensação de estabilidade devido ao confinamento. Lá dentro, tudo é muito maleável porém fronteiras definidas. Seguem o princípio impenetrabilidade, cada um ocupa no seu espaço.

São impenetráveis perante a física, não aos olhos. Trocando de face, podemos ver que os mais transparentes possibilita enxergar o de trás. Vistos de frente por aquele momento, são como se enquadrassem. Impenetrabilidade uma Ova! Mas como eu disse é tudo em uma movimentação lenta. De dentro pra fora, todas as faces veem a mesma cor. Cor de carne!


Essas portinholas algumas vezes abrem e traz uma dinâmica para esse cubo hermético. Dizem que a portinhola de cima quando abre é sinal de que algo vai entrar, o mesmo vale pra debaixo, só que ao contrário. E quando as duas se abrem ao mesmo tempo, tudo o que se sabe é que esperam que o que for sair seja maior do que o que for entrar, daí sobra mais. As portinholas laterais quase não se abrem.

Reza a lenda que quando somente a face inferior é aberta, não é bom sinal. Será muito espaço. E nesse espaço, os que ficaram se confundem. Alguns nem ligam, mas é inevitável, serão empurrados. De fora parece um carnaval. Dentro uma incerteza Um regime transiente.

Essa é a dificuldade do desapego!

domingo, 15 de abril de 2012

Um Roteiro Nada Original

Hoje, algumas coisas voltaram ao normal!

Tive minha primeira seção de cinema sozinho depois de muito tempo. Houve uma época que era ponto, toda sexta-feira a noite, antes da programação comum de sexta-feira. Um atípico aquecimento. Seção das 20:00, Eu e minha janta, a pipoca! E o melhor, sem a opção de escolha, era quase destino. Sempre um único filme em cartaz, e sem meias voltas. 

'Um estado de verso e vácuo'
Confesso que muitas vezes julguei o livro pela capa, ou melhor, o filme pelo cartaz. O tempo me mostrou que eu tenho uma péssima intuição e nessas condições, esse era o meu espaço de estar sozinho. Como Viviane Mosé diria em a 'Prosa Patética', 'Essa extensão, largura, páramo, planura, planície, região. Uma imensidão onde me deito'. 'Deitar' talvez não fosse o verbo correto para o contexto, talvez um sentar, um pensar, um refletir. Isso, refletir. Esse espaço era praticamente uma terapia. Acompanhei vidas e mortes de forma empática. 

Como muitos filmes, esse post ficará fechado em aberto. Talvez por que me perdi na hora de escrever, talvez a intenção era que você se perdesse na hora de ler, ou você não entendeu muito bem do que se tratava. Acontece que foi um post relato, um post contado, um post diferente. Um roteiro nada original.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Óculos Escuros

É Filosofia de bar a pauta hoje! Decidi retomar essa coluna após conversar com um amigo, e durante essa conversa, lembrei do post As Posições das Figuras. [Clique no link e confira o texto].

Eu iniciava o post com uma referência sobre a inexistência de uma verdade absoluta. Acontece que muitos ainda não entenderam isso na prática, e insistem afirmar que 'o que lhe cerca' é o mundo, e não 'a sua concepção de mundo'. É tamanho egoísmo esse pensar, que se o mundo que eu vejo e escuto é o mundo de verdade, eu tenho a capacidade de distinguir o que é e não é. Como se a realidade do outro fosse igual ao minha. fosse não, 'é'.

Será que falta empatia? Colocando-se no lugar do outro, melhora as coisas? Insistimos em desvalorizar aquilo que não conhecemos, que não temos acesso ou que simplesmente soa estranho aos nossos olhos. E Qual olhos você tem?! Você consegue ler aquela placa ali na frente? Sim?! E seu amigo aí do lado? Não?! E ainda acha que o que você vê é a verdade? ou seria a sua verdade, a sua concepção de mundo?

Não sei por que ainda insistem em dizer que o Brasil é tão grande.
É um raciocínio tão simples, mas muitas vezes impraticável. Quantas intrigas não seriam evitadas se analisássemos os fatos sob uma ótica diferente? Uma visão panorâmica, uma de dentro pra fora, uma do lado de lá e outra do lado de cá. Sacou? Compreender que a concepção do outro é diferente é o caminho mais curto para a aceitação de uma opinião contrária. 

Quem vive de óculos escuros, nunca estará apto para dialogar.

terça-feira, 10 de abril de 2012

A corrida do Salmão

Estava devendo um post na coluna de animação há um bom tempo, e buscando hoje, me lembrei desse vídeo.

Um Clássico das animações Disney mais recente, Irmão Urso (2003), é muito divertido e deve ter sido uns dos últimos longas em desenho animado comum que assisti, ou seja, sem toda a parafernália da computação gráfica. O filme, pra quem não assistiu, conta a história de Koda, um urso órfão, que encontra na sua jornada o Kenai, um nativo que por um efeito dos espíritos ancestrais (?) e muito sentimentalismo na jogada, o transforma em urso para puní-lo. Ou quase isso.

O legal de Irmão Urso é que você se diverte com piadas inocentes e aprecia o excelente elenco que estão dublando os personagens, dentre eles, Selton Melo, Luiz Fernando Guimarães e Marco Nanini. O filme também contém várias músicas para ajudar no desenrolar da trama, e a minha preferida, e provavelmente do Kenai também é 'On my way'.

Kenai, inconformado com a situação que se encontrava, não suportava o pequeno urso carente, o que não perduraria por muito tempo.


Que Koda sirva de inspiração para seguir sua jornada ao meio tantas adversidades.

Onipresença

Estive Ausente esses últimos dias! 

Se bem que essa ausência é relativa. Se ainda estivéssemos na vida1.0 talvez seria uma ausência quase absoluta, mas não estamos. Viajei, e ao contrário da maioria, não passei a páscoa ao lado de família e de amigos de infância. Estive também Ausente no blog pois era praticamente impraticável (?) redigir atualizações naquela situação, mas foi fonte de inspiração para vários posts.

Acontece que no meio de tanto isolamento algumas rede Wi-fi ainda abrem a janela para o outro mundo. Podemos espiar, ver o que está acontecendo do lado de lá, curtir, comentar e compartilhar. Usamos essas pequenas brechas no espaço para atualizarmos nossa Linha do Tempo, ou em 140 caracteres divulgar o que está se passando. São esses momentos que nos aproximamos novamente e a ausência por instante fica menor.

A ligação tradicional pra mim hoje serve como recado e cordialidade. 'Cheguei bem'. 'Tá tudo Ok'. 'Tá chovendo muito aqui, e aí?' 'Sexta-feira, to chegando em casa, quem vai me buscar lá?'. É muito tradicional. Com a tecnologia em nossas mochilas e bolsos, por que não usá-la a nosso favor?

Hoje temos a possibilidade do compartilhamento de imagens no instante. É o 'bater' e o 'Postar', assim tão próximos quanto escrito nessa mesma frase. Pra mim, adepto, vale muito mais que a cordialidade do telefone. Como eu queria ver a foto da minha família toda reunida no churrasco de páscoa no instante em que tinha acabado de sair a carne, ou cortado o bolo. Eu poderia ver no rosto de cada um como estão bem, e felizes, ou não.

Da mesma forma, acredito que meus compartilhamentos vale para suprir minha ausência. Quero que todos ao ver, sinta o que estou sentindo. Ou o que estou vendo, ou ouvindo. Talvez aquilo que eu não consiga passar por um telefone, esteja expresso ali na minha cara, na minha frente, ao meu lado. 

Se eu estou compartilhando pra você tem como eu não estar aí, presente? 

domingo, 1 de abril de 2012

Os Corredores Semanais

Domingo é um ano novo semanal.

É aquele momento que (re)avaliamos o que aconteceu no nosso final de semana e também o que deixou de acontecer. Caso você tenha feito nosso exercício para adquirir o escudo de Sêneca para esses dias, você sobreviveu muito bem. Veja o que é e como adquirir esse escudo!

Um bom domingo mesmo implica em querer mudar nossas atitudes antes de segunda-feira. É aquele coisa de não vou comer mais doce, beber refrigerante, entrar na academia só que um pouco mais cômico. Não é? Qual foi sua decisão hoje? Vai começar a estudar todo dia?

A segunda-feira marca o início de 5 dias engessados. A gente tenta querer fazer algo diferente mas sempre temos n outras coisas que damos prioridade. É rapaz, é a rotina. É como se fosse um muro que nos guiasse até  a sexta-feira a noite, e de lá até o domingo, temos no lugar de muro, uma cerquinha. Furada, de arame e baixa.O muro é alto, mas deixa a luz passar. As vezes vemos sombras, espiamos por um buraquinho aqui e outro ali, e se bobear, esquecemos que tem vida do outro lado. Domingo é o dia que a gente lembra de novo desse longo trajeto. 

Só de pensar que iremos passar alguns dias caminhando em raias já enjoa alguns antes de começar. Um bom domingo mesmo deveria ser aquele que não relembramos do nosso trajeto de amanhã, mas sim de quantas visões tivemos nesses últimos 2 dias. De quantos momentos saltamos sobre a raia para o lado de lá e desfrutamos de momentos legais, de coisas que só temos tempo pra fazer nos sábados, por exemplo. Temos nesses dias a possibilidade de escolha mais que tangível. Ela vai desde o que almoçar até o que beber antes de ver os amigos.

Um bom final de semana implica em um domingo diferente. Um domingo leve e que cheira bem. Já vemos o muro mais uma vez, mas ele está até mais baixo, ou um pouco mais transparente. Ou são meus olhos que ainda estão acostumados com a liberdade entre arames. Seria o segredo de uma boa semana conseguir transformar o corredor que te guia nesses próximos dias?