sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Zarolho

Tenho uma paixão por boas ideias.

É um sentimento que estende para um sentido mais amplo da palavra. É a intenção, noção, invenção. Dada  como imagem, plano, projeto, conceito. Ideias são produtos do meu verbo favorito, o criar. Por mais que a tecnologia se desenvolva, dificilmente conseguirão reproduzir a complexidade do cérebro humano, consequentemente, seu processo criativo.

A racionalidade pode ser treinada. Intensa programação de algoritmos aparentemente pode solucionar muitos problemas. Tomada de decisões baseadas em dados estatísticos e probabilísticos, cálculos espaciais com precisão e procedimentos de segurança seguidos a risca. São atividades de campo lógico, matemático, numérico ou espacial para que a reprodução é direcionada.

O sorriso bobo é zarolho

A complexidade da criação é genuína e é fundamentalmente atrelada ao indivíduo. É o que nos torna tão únicos. A criatividade não tem lugar para aflorar. Elas se transformam em música, imagem e texto. Ar condicionado, laptops e microondas. Da alavanca, cunha e roda à complexos arquitetônicos. São as maravilhas do mundo, antigas e modernas, as sete artes de mãos dadas. Boas ideias nos dão bom dia à boa noite, no entanto muitas vezes passam despercebidas.

Estampo no canto da boca um sorriso bobo ao me deparar com algo envolvente. É uma reação involuntária provocada por  um sentimento íntimo de alegria, satisfação ou prazer. O momento em que a produção lhe fez algum sentindo e se torna possível não só olhar para ela, mas através dela. É uma estampa sincera, que de forma acanhada, estende a mão para cumprimentar sua justificativa.

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