sábado, 2 de março de 2013

Pseudo-ciência criativa: Paralisia

Fevereiro foi um mês para uma experiência social.

Os motivos se estendem desde o ócio, passando pela insatisfação pessoal, oportunidade de pauta e ócio outra vez. Uma experiência social e virtual. Foram 28 dias de não ação, basicamente traduzidos em não iniciar nenhuma conversa pelo chat do facebook e esperar contato. Essa foi a proposta, simples e infantil, mas onerosa na prática.

Não é necessário gastar um parágrafo justificando o ócio e a oportunidade de pauta, mas a insatisfação é um caso a se pensar. Como já aconteceu anteriormente em outras postagens, as vezes decido fazer alguns experimentos nas redes sociais para a coluna vida 2.0. Um bom exemplo foi o caso postado em Vou lhe jogar no meu baú. São oportunidades de verificar muitas vezes comportamento embasadas na metodologia da pseudo-ciência criativa desse escritor.

Finally ...
Iniciei o dia primeiro diferente. Estando online, evitaria o início do contato através do chat com qualquer outro usuário e, confesso que no segundo dia já estava entediado. É extremamente chato assistir tantas bolinhas verdes e não poder iniciar um bate-papo atoa, cotidiano. Já no terceiro dia tive a genial ideia de esconder a barra lateral do chat do facebook para que então talvez esquecesse desta função. Com isso, perdi por tabela o acesso ao notificador de atividades onde atualiza o que meus amigos estão curtindo, postando, comentando situado acima dos destaques do seu contatos para chat.

Limitei então ao acesso ao timeline, feed de notícias, grupos e páginas. Em algum momento, que não foi antes de propor tal desafio, questionei onde isso iria me levar? O que poderia me proporcionar ? Foi nas semanas conseguintes que viria as respostas, ou não, para esses e outros questionamentos.

Me tornei mais criativo. Tive que reinventar a forma de me comunicar. Não podendo iniciar a conversa propriamente dita por inbox, e tendo a necessidade de trocar novidades ou papo por ar com determinadas pessoas, utilizei redes sociais diferentes como o twitter. Usei com mais frequência o skype e sms. Não do meu feitio, cheguei a induzir conversas através de publicações e marcando amigos nos posts na esperança de virem comunicar comigo.

Conheci melhor com quem e como interajo. Observei nesse um 'mês de paralisia' que realmente alguns destaques no meu chat são realmente destaques em minha vida pessoal. Ponto para o facebook! Esses talvez nem perceberam a experiência. Outros pareciam estar na mesma sistemática que eu, somente assistindo meu status. Muitas das minhas conversas são iniciadas sem motivo, por gostar de me fazer e estar presente, de contar a mesma piada, perguntar como lhe foi o dia ou fazer os mesmos desabafos. Eu também aprecio esse tipo de interação, que ficou bastante em deficit.

Me tornei mais sucinto e objetivo. Se eu precisava de contar alguma notícia ou comunicado para alguém, ia sem rodeios pelos métodos alternativos, visto que não exista outra forma.

Validei o jeitinho brasileiro. Confesso que tive que trapacear algumas vezes. A primeira foi sem querer, 'escapou', e quando vi, já tinha encaminhado o 'oiii' e dado enter. Já as próximas, foi por malandragem mesmo. Foram necessárias, e para compensar, não analisava a barra auxiliar do chat. Ia pelo método mais complicado e burocrático: pelo histórico de mensagens. Enviar uma nova, buscava o nome do contato e redigia. Assim, não saberia se ele estava on/off. Obviamente se ele estivesse on, retornaria. Morava aí a fuga da experiência.

Março, meu querido mês de março chegou. Me libertando desse tosco exercício de paciência e insanidade. Acontece que a configuração do facebook com a barra lateral dos rostos, alguns com bolinhas verdes, outros com simbolo de um smartphone acompanhado com o sinal de quanto tempo atrás ele esteve on e outros sem símbolo nenhum, me é estranha agora. Não sei mais se quero assistir os status das pessoas o tempo todo. Estão ocultando na maioria do período tal barra, e quando me sinto na vontade de bater um papo, ativo e verifico todos os contatos, convidando para uma prosa natural como antigamente.

Aconselho a você que leu por completo tal matéria a fazer o mesmo. Teste por alguns dias essa experiência e compartilhe comigo (e conosco) suas lições afinal, no universo da pseudo-ciência criativa não existe bobagem, somente teses incompreendidas.

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