terça-feira, 29 de maio de 2012

A transparência Digital

O Facebook ouviu minhas preces!

Primeiramente, para fazer algum sentido este texto, confira o texto Mão Única que também encontra-se nessa coluna. Leu? Clicou no link aí? Bom, então podemos continuar. Está sendo sincero consigo mesmo? Daqui uns dias terei que criar pré-requisitos para as leituras desse blog, tamanha é a preguiça de re-argumentar que eu possuo.

Essa semana, vocês observaram em vossos feed de notícias no facebook, os borborinhos sobre a última atualização do facebook: A notificação de nossa mensagem foi entregue e lida. De agora adiante, somos notificados quando o outro contato leu nossa mensagem enviada, ou seja, temos a informação do exato momento que ela foi aberta no pc do receptor. Isso é ou não um máximo? Brasileiristicamente falando, não!

Take it off, I can see u now
O descomprometidos digitalmente, vão sentir a diferença. Ok, te dou 4 minutos para ler um outro pré-requisito desde texto, um sucesso nesse blog: Descomprometimento Digital. É tanto pré-requisito esse post que poderia classificá-lo em um nova marcação: a marcação de F5, uma atualização, uma reciclagem.

Nessa mesma semana começaram a surgir compartilhamentos estranhos com frase do tipo: 'Agora quero fingir que não leu', tudo devido essa atualização que pegou a galera de surpresa. Na verdade dá para não enviar a notificação para o emissor, contanto que você não leia a mensagem dele. É aquela história, 'Não vai brincar? Também não vai ver!' de outro pré-requisito: É foto, nome e bolinha verde. Ok, mais 4 minutos.

Depois de tantas preces atendidas por Mr. Zuckerberg, estou encaminhando uma nova proposta. Uma que auxiliaria o meu, o seu, os nossos blogs. Um mesmo sistema, porém adaptado para o detector de leitura de post. Seria genial né? Aproveitar essa leva da sinceridade e transparência digital, jogar a dica pro Google, vai que ele aplica no Blogger. 

Imagina? Eu, você e ele, estaríamos bastante insensíveis e descomprometidos.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Metalinguagem

Estive encarando a tela por 3 minutos.

Vocês deviam ver como é a interface para escrever um post. É um quadro branco e alguns opções de formatação. Se ele fosse uma câmera, certamente teria retratos de pura incompreensão. Essa tábula rasa me confunde.

Talvez algum outro escritor que passe pelo mesmo processo possa me esclarecer sobre o ato de escrever. É um processo premeditado ou encaramos a tela e vamos combinando as teclas de maneira a fazer soar bem aos nossos olhos? Repetimos insensatamente o ato de ler e reler as pequenas frases e linhas que vão aos poucos dando preenchimento ao quadro branco. 

Na sua metade, já consigo ver através do espelho, caso ao invés de câmera, agora fosse um espelho, um sorriso no meu canto da boca. Algo que diz, estou escrevendo. É um processo interessantíssimo. Ás vezes meus dedos escrevem palavras que nunca usei em uma conversa, ou que tenho que confirmar o seu significado em um dicionário pois ao escrevê-la inconscientemente não a percebi. 

E vai ganhando forma. Ao seu término eu estou me questionando sobre o que eu escrevi. Não sei premeditar meus post, sempre começo em algo e termino em outro. Classificá-los então é outro problema: Se classifico antes de finalizá-lo, tenho sempre que alterar o marcador pois ele terminou com cara de outra coisa, e classificá-lo ao término é pior pois ele se desbrocha em uma infinidade de interpretações.


sábado, 19 de maio de 2012

NaCl

Seria egoísta pensar somente no retorno para se empenhar, e é. 

Já estamos grandinhos suficiente para compreender que é necessário dedicação para conquistar seus objetivos, e desde pimpolhos nos é dito o mesmo. O destino parece não existir muito na minha linha de pensamento. É tão simples usar o destino para justificar os acontecimentos que eu o compararia aos gregos e romanos e suas pencas de Deuses. É deus pra frio, é deus pra calor, chuva, maça e chocolate. Uma bagunça só. 

Desencanação
Particularmente, me considero uma pessoa dedicada. Acontece que às vezes eu questiono o tamanho dessa dedicação e toda sua finalidade, e daí começo a valorar as coisas. Acho saudável todo esse processo, e recomendo. Avaliar seu empenho nos seus propósitos talvez seja tão importante quanto avaliar seus propósitos. Como resultado percebemos que em alguns pontos precisamos melhorar, ou até desencanar.

Eu gosto de desencanar. Começando pelo termo que conota uma rebeldia infantil na minha cabeça até sua prática que é mais infantil ainda. É divertido desencanar, ligar o 'foda-se' por algum tempo. O desencanar maduro é aquele pensado nas consequências e se faz necessário depois de sua avaliação visto que a taxa de retorno pra todo o esforço é baixa.

Fiquei surpreso que o termo 'esforço' só apareceu nessa altura do campeonato, isso tem tudo a ver com ele. Existem coisa que não vale o esforço. Não só coisas, coisa e pessoas. Minha mãe sempre me dizia que eu não valia o sal do batizado! Quanta violência né? Acredito que a nossa dedicação deve ser norteada para onde as coisas são vivas, calorosas e fraternas. A indiferença NÃO merece o esforço.

domingo, 13 de maio de 2012

O estado de Latência

Está aberta oficialmente a nova coluna desse blog!

O Estado Canino foi o que eu chamei de rascunho piloto pra esse nova frente e vale a pena ser lido pois o de hoje é parecido, porém sob perspectiva diferente. No piloto, para você preguiçoso que não quis ler, usa da animalização para retratar um tipo de relacionamento. Aquele do seu amigo(a), primo(a) ou seu. A incessante tentativa da conquista pelo entretenimento.

É um tipo de relacionamento complicado. Sabemos quando não somos aceitos e fica evidente. Acontece que o outro, visto que é a visão dele agora, não quer deixar claro. Teme a nitidez. Chamar o outro de adestrador cai bem. O adestrador gosta de brincar de amanhã e o hoje não faz sentido. O pobre cão quer resultados, busca bolinha ou graveto e vive o presente. Há aí uma incongruência.

Haverá um ponto de inflexão.
O adestrador nunca está preparado. Gosta também de pensar, mexer com lógica em algo nada exato. Será que ele não percebeu que precisa se envolver pois a bolinha não é lançada sozinha? Ele acaba como gargalo da relação e sabe disso. A única ação que faz é usar seus truques para satisfazer momentaneamente o animal. É como é sábio.

Na prática, rola aquela história de que quando um não quer, dois não vão. É por aí. Mas e aí, esses estados têm solução? Todos já brincamos de adestrar alguém. Alimentar um contato com palavras vazias e cultivá-lo pra vida é melhor do que descartá-lo. É a nossa insegurança nos dizendo que podemos sim ficar sem nada. Somos na verdade vulneráveis.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Uma vida em Linha

Eventualmente o excesso de conhecimento nos distancia ao invés de nos aproximar daquilo que pode ser conhecido.

Na coluna Vida 2.0 de hoje, começo com uma frase que recebi no comentário da postagem sobre a Mão Única, também nessa mesma coluna. Primeiramente, eu recebo sim comentários esporádicos em meus posts! O comentário sugeria que eu escrevesse sobre o Timeline do facebook o qual uso desde sua criação, há algum tempo atrás. Logo, esse post é para você, que ainda se questiona se deve ou não passar por tal adaptação, e a minha resposta é SIM!

'Um foto grande'! É isso que passa na cabeça do usuário que desconhece o Timeline. Grande não, ENORME. E em caixa alta. Uma cover photo. Em segundo lugar, eu não tenho uma foto pra colocar de Timeline. Em terceiro lugar, não tem como voltar pro normal depois de instalado o Timeline. É dessa forma, três simples passos que representam a linha de raciocínio dos não adeptos.


É realmente necessário afirmar que a Linha do tempo é mais que isso?! Sim! Sim, pois esses três passos pra mim são argumentos clichês e se faz necessário usar um argumento mais clichê ainda pra derrubar outros três primeiros. Brincadeiras a parte, o post irá discutir o uso de uma ferramenta moderna, porém muito polêmica no facebook. 

As tomadas de decisões do facebook são feitas com muitas projeções para  futuro, e o timeline foi uma delas. Você pode recordar e comparar o uso de outras redes sociais quanto à busca de histórico de informações, como é que funciona? Bom, a verdade é que não funciona. É braçal! É basicamente através do botão voltar, voltar e voltar. No twitter, através de do carregamento infinito de tweets antigos e no facebook tradicional, através das 'postagens mais antigas'. Repito, braçal!

sábado, 5 de maio de 2012

Reticências

Antes a bagunça e alguns conflitos do que o ócio aliado ao tédio. 

Um seriado de Tv ou uma boa leitura, daqueles que te prendam, dependem de algumas artimanhas para instigar e testar tanto os leitores quanto as personagens. Vai do roteirista prover tais situações que dinamizam toda a trama. Ter mocinho implica na busca do prazer, do sucesso ou do que é justo, quem sabe num mix, um três-em-um. Ah, também não existe heroísmo sem o sofrimento.

É assim  que conseguimos a audiência. É através dessa inconstante busca que as personagens se prendem com  as adversidade imposta pelo roteirista malvado. Mas qual seria a graça de conquistar algo sem a superação? Podemos afirmar que a conquista por si só depende de uma superação, não? Não faz muito sentido objetivar alguma coisa palpável se podemos 'conquistá-la' com o esticar dos braços.

As personagens devem sim passar por adversidades para rever objetivos. E acima de tudo, apresentar isso em resultados numéricos, ibope. O consumidor é mesmo intrigante pois se identifica mais com o caótico do que o idealizado e sereno. É cansativo ler uma obra em que o próprio protagonista tem preguiça de buscar seu objetivo só de pensar no que pode vir. Tente ler 'Canoas e Marolas' da Série Plenos Pecados, edição Preguiça, e verá. É terrível. Alguém precisa entrar naquele livro pra dar um chacoalho naquele cara deitado na rede.

Gostamos de testes, de questionamentos e problemas impossíveis. Gostamos mais ainda das soluções impossíveis. Nos chocamos com a discordância, a contradição e o julgamento. Assistimos casos de família para rir. Reviravoltas nos surpreende, assim como os fins de relacionamentos. Toda essa bagunça é mais legal de ser escrita e muito mais fácil. É também mais cômico e rentável.


Agora saindo um pouco das obras literárias e televisivas, quem é o roteirista de nossa jornada? Somos nós? Isso que eu não consigo entender...

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Submersão

'O mundo virtual é um mundo de relações humanas!'. 

É dessa forma que o jornalista Marcelo Tas começa o vídeo sobre o mundo virtual, na coletânea de estratégias para a vida do excelente Cpfl Cultura. Isso contradiz o pensamento de que a internet é um rede de computadores. Hoje, ainda mais nessa coluna, já observamos várias análise de nossos comportamentos na internet e essa extensão da nossas vidas, estando conectados.

Os Níveis de Submersão
Atualmente, nossas vidas não se restringem somente ao que é real e corpóreo. Hoje, temos a extensão de viver na web. É nas redes sociais que é possível 'viver' mesmo dormindo, ou até morto. Aqui, o tempo é contínuo, e realmente não pára. Quantas vezes nos intrigamos com a capacidade de algumas pessoas  passar o dia todo jogando um game online ou se relacionando pela internet? 'Será que elas não tem vida?', nos questionamos.

Controversamente, quantas vezes não percebemos quanto tempo perdemos conectados à uma rede social, a espera de notificações ou bisbilhotando a vida alheia? Será que a gente não tem vida então?! É a mesma questão que levanto aqui. Para ambos os casos, estamos envolvidos com outras pessoas seja cooperando em um RPG, ou lendo sobre suas vidas expostas na rede, deixando dessa forma tudo mais interessante. A internet serve como uma extensão da vida, mas nunca a substituirá!

Dessa forma, podemos observar que temos níveis de inserção nessa rede. Os que usam moderadamente, de nível normal, extrai, teoricamente, um ótimo proveito do intuito das redes sociais: Aproximar pessoas. Já os que estão permanentemente conectados, esperam que essa extensão seja a mais verossímil possível, e se frustra com as constantes limitações da conectividade.

terça-feira, 1 de maio de 2012

Lâmpada Mágica

Dizem as más línguas que a animação de hoje já era muito popular no mundo bruxo e que nós a conhecemos depois de muitas décadas através de uma série de livros/filmes de um jovem bruxo com uma marca de raio na testa. Para os que não tiveram contato com a série, o conto pode soar como uma novidade interessante.

Pra aqueles que conseguiram um raro exemplar de 'Os Contos de Beedle, o Bardo' perdido nesse mundo, ou buscaram auxílio no que os bruxos poderiam chamar de 'penseiras', e nós, trouxamente a nomeamos de internet, sabem que o livro contém 5 clássicos contos infantis bruxos. 

O vídeo a seguir é a narração do 'Conto dos Três Irmãos', um dos cinco contos de Beedle, apresentado no Livro/Filme Harry Potter e as Relíquias da Morte, auxiliando na explicação do título e no desfecho da trama do jovem bruxo. O conto é muito simples, e poderia ser contado em uma roda de amigos com poucas palavras, inclusive por Beedle J.K. Rowling, ou em poucas páginas com ricos detalhes. No cinema, fora do papel, o conto toda formas e cores, e é encenado nas águas, em forma de animação, encaixado de forma bem sutil, desde seu início, com a pena do corvo ao corte final.

 
Visto que a ponte já é mágica, seria a morte o gênio da lâmpada dos contos dos bruxos? Outro típico conto de desejos.